sábado, 26 de novembro de 2016

Da Série: Dicas de Relacionamento (3)

Como sobreviver ao início do casamento

Muito se diz sobre o casamento. Principalmente sobre o início.
Escutei de várias amigas sobre como o primeiro ano é terrível e, mais especificamente, como a vontade de pedir divórcio é forte nos três primeiros meses.
Por isso, me preparei psicologicamente para conter meu lado psicopata e dramático e me manter casada
E qual não foi minha surpresa quando me dei conta que quase cinco meses se passaram sem qualquer tipo de problema?!?

Vi recentemente um vídeo da Rayza Nicácio contando sobre como o primeiro ano de casamento dela foi um tormento. Fiz questão de mostrar para o Danilo para juntos entendermos o motivo de isso ter acontecido com ela (e com algumas amigas minhas) e não com a gente.

E chegamos a duas conclusões, o primeiro ano provavelmente será mais difícil para:

- As pessoas que casam enquanto estão "apaixonadas".
O tempo da paixão avassaladora varia de casal para casal. É aquela fase em que, dificilmente, enxergamos defeitos ou pontos de melhoria uns nos outros. Que, momentaneamente, fingimos ser livres de manias e imperfeições. Que aceitamos toda e qualquer proposta para sermos legais. Que tudo que queremos é estar juntos. Que toda hora é hora e todo lugar é lugar (if you know what I mean).
Nós estamos juntos há quase sete anos e a nossa fase da paixão durou mais ou menos um ano e meio.
A transição da paixão ardente e incontrolável para o amor, repleto de carinho e admiração é, por vezes, tensa. Por mais louco que isso possa soar.
No nosso caso, foi marcada por uma série de conversas duras e a decisão, em casal, de nos esforçarmos para dar certo.
Nessa época, éramos namorados e, depois das brigas, tínhamos a chance da trégua, quando cada um ia para o seu canto refletir. Daí, imagino que se essa transição tivesse acontecido agora, seria muito mais complicado, porque eu teria que, irritada e confusa sobre meus sentimentos, dormir ao lado da pessoa com quem acabei de ter uma discussão. Isso explica, inclusive, porque muita gente tem o hábito de "fugir" para a casa dos pais a cada briga.

- As pessoas que não tem o hábito de conversar:
Não me cansarei jamais de repetir o quanto a existência do diálogo afeta um relacionamento.
E não há, na cultura ocidental contemporânea, casamento sem um tempo mínimo de namoro, no qual o hábito do diálogo franco e aberto deve estar enraizado.
Na mesma época que passamos pela transição, eu percebi que, parte dos problemas eram originados porque a qualidade e a profundidade das nossas conversas não eram adequadas.
Decidimos, assim, estabelecer algumas regras:
* não discutir com raiva;
* evitar gritar e usar palavrões em brigas;
* deixar claro, de antemão, tudo que aborrece o outro e;
* CONVERSAR SOBRE TUDO!
Na minha cabeça, antes de decidir casar com alguém, devemos levantar o máximo de informações sobre a pessoa: Quem ela é? Como ela pensa? Quais são seus planos?
Nós praticamos isso desde essa época e é um exercício diário e muito interessante, já que, quanto mais eu conheço o Danilo, mais eu o amo!

Não tenho a pretensão de ser a dona da verdade.
Obviamente existem outros tantos aspectos que não estou levando em consideração.
Mas se a gente pensar friamente, quase todos se resumem à cegueira causada pela paixão e à falta de diálogo.

Exemplinhos:
- Nós brigamos porque ele trabalha muito e chega tarde todo dia - Falta de alinhamento de expectativa. Poderia ser resolvido, por exemplo, se ele deixasse claro que esse hábito não iria mudar ou se você tivesse explicado a ele, previamente, sobre como você gostaria que fossem as noites de vocês.
- Nós brigamos porque ela é muito bagunceira - Falta de conhecimento de personalidade e/ou alinhamento de expectativa. Durante a fase de namoro, após o término da paixão, quando todos os defeitos vêm a tona, você com certeza identificou esse ponto nela. Poderia ter se preparado psicologicamente para encontrar calcinha no registro do banheiro ou poderia ter explicado o quanto aquilo te incomoda, para que juntos descobrissem um ponto de equilíbrio.
- Nós brigamos porque ele é muito sociável - Falta de conhecimento de personalidade. Se ele é do tipo amigável e isso lhe incomoda, me desculpe, mas você não tem muito o que fazer a não ser aceitar o fato que você subdimensionou a proporção dessa característica dele como um problema para você, já que, dificilmente ele irá mudar.

Escrevi um texto, há algum tempo, sobre a importância do diálogo e ele funciona como complemento a esse, agora que vivi na pele a questão de dividir o teto!
Espero ter ajudado.
Um beijo! =*

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